Amostras de solo coletadas e embaladas são “ativos” valiosos na agricultura e na pecuária. É por isso que o processo de amostragem do solo agrícola é considerado um trabalho muito promissor. Porém, existe um detalhe significativo: Para fazer esse trabalho direito você precisa ser habilidoso em três coisas: AMOSTRAR – EMBALAR e ARMAZENAR.
É uma flecha pontiaguda e em alta velocidade…
De: Ronaldo Setti
Caro leitor,
Deixe-me dar-lhe a minha opinião sobre o assunto envolvendo amostras de solo agrícola coletadas e embaladas. É claro que não vamos abordar tudo… É só um resumo!
Para começar…
Para começar é importante relembrar o seguinte:
Os efeitos positivos ou negativos resultante de algum processo geralmente não refletem apenas em uma etapa da cadeia de produção agrícola e pecuária. Dependendo do processo o efeito pode respingar para todos os lados. Sendo assim, tratando-se de amostras de solo agrícola… Produtores, consultores, laboratórios e também outros envolvidos podem sentir as consequências.
Ou seja, é conveniente entender que os efeitos relacionados com a amostragem, embalagem e armazenamento de amostras de solo agrícola podem influenciar toda uma linha de resultados laboratoriais e de recomendações técnicas. É uma flecha pontiaguda e em alta velocidade. É possível acertar em cheio tanto o alvo positivo quanto o alvo negativo. Por isso, tudo depende da habilidade de AMOSTRAR – EMBALAR e ARMAZENAR as amostras coletadas.
Então, sabendo disso, vamos direto ao ponto: Sempre que possível deixe as amostras de solo coletadas e embaladas na sombra e livre de umidade.
Calor…
Calor do sol…
Em alguns casos o calor do sol pode aumentar a temperatura da amostra de solo dentro da embalagem ou do recipiente.
Somado ao aumento de temperatura, o calor do sol também pode estimular a taxa de decomposição da matéria orgânica ou de outros resíduos que acompanham as amostras de solo coletadas e embaladas. Em outras palavras, isso pode mascarar os resultados da análise laboratorial.
Também concordo…!
É possível considerar essa orientação como sendo um exagero, mas em minha opinião não custa nada evitar.
Calor…
Esse cuidado com o calor deve aumentar quando as amostras de solo coletadas e embaladas forem acondicionadas em sacos plásticos.
O calor do sol favorece o aquecimento do plástico e da atmosfera dentro da embalagem… Efetivamente esse efeito negativo é intensificado, principalmente se a embalagem plástica for mantida fechada.
A verdade é que esse calor úmido (condensado) que gera o “suor” dentro do saco plástico, pode conter, em algum nível, sais que podem alterar o potencial hidrogeniônico (pH) do solo amostrado. Isso se agrava se o saco plástico não estiver muito bem limpo para receber a amostra.
Mais uma vez, concordo…!
Talvez essa afirmação acima também seja considerada um exagero. Isso porque, para confirmar esse efeito negativo do calor úmido na formação de sais e na alteração do pH em amostras de solo coletadas e embaladas em saco plástico seria necessário realizar testes laboratoriais. E a verdade é que uma mensuração técnica para esses efeitos considera, no mínimo, o intervalo de tempo, a temperatura e o volume em questão.
Ou seja…
Priorizando a realidade prática do dia a dia no campo é possível considerar que talvez estes possíveis efeitos negativos sejam desprezíveis…
Mas, na minha opinião, o melhor é evitar e alcançar o máximo de qualidade naquilo que está se buscando.
Amostras de solo coletadas e embaladas…
Atenção para os detalhes:
O uso de embalagens ou recipientes contendo algum tipo de resíduo também pode contaminar as amostras de solo e mascarar os resultados analíticos.
Hoje vai ser diferente!
Até mais…
Fique bem e siga em Paz…!!!